sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sim, é só um bilhete!


Acabo de chegar do cinema. Podem-me chamar de masoquista, mas fui ver o Valentine's Day sozinho. Sim, sozinho, e porque não? Não foi a primeira vez e certamente não terá sido a última.
Gosto de reconhecer que consigo fazer as coisas por mim mesmo. Tem sido um processo, lento, por vezes doloroso, mas gratificante. Pode até parecer cliché de quem está solteiro, mas o facto é que me sinto bem assim, apesar de adorar apaixonar-me e viver tudo o que isso implica. Quem não gosta?
Não quero com este post passar a imagem de amargurado, pelo contrário. Simplesmente sou uma pessoa que facilmente se adapta às circunstâncias, o que faz ter uma postura positiva e de bem com a vida. Tento sempre tirar partido das coisas boas de cada situação. E hoje ir ao cinema sozinho, no fim de terem cancelado os planos comigo, soube mesmo bem, até teve direito a McDonalds no fim e tudo. Esta é uma situação que causa estranheza a algumas pessoas, começou com os meus pais que ficaram com um enorme ponto de interrogação em cima da cabeça (sim mãe vou sozinho, não me vou encontrar com ninguém) e acabou na bilheteira do cinema em que tive que realçar: sim, é só um bilhete! Pelos vistos temos mesmo de fazer tudo aos pares, caso contrário olham para nós como se tivéssemos algo de esquisito. Mas enfim... O filme valeu a pena! Como o próprio nome indica, a temática em questão é o dia dos namorados. Ai o dia dos namorados... Um inferno para a maioria dos solteiros.
Eu penso, e porque não instituir-se o dia dos solteiros? Se repararmos, o único dia em que celebramos algo que somente nos diz respeito é o nosso aniversário. Os restantes são todos em conjunto (dia de S. Valentim, Casamento, etc., etc.). Existe o dia do Pai e da Mãe, mas até esses são apenas para alguns. Se formos uma pessoa solteira, sem filhos, não temos nenhum dia para Nos celebrarmos. Pois eu manifesto-me contra!
Num dos episódios do Sexo e a Cidade, a personagem Carrie revolta-se com esta situação e, cansada de ser colocada de parte de todas as celebrações em que era necessário ter par ou filhos, decidiu que iria celebrar o facto de ser solteira. Acho a ideia genial e promissora. Vou pensar seriamente no caso. A todos os que como eu não concordam com esta exclusão, manifestem-se, tomem uma atitude com vista a combater a ditadura dos pares! Sim estamos solteiros! E depois?

4 comentários:

Bela Sonhadora disse...

O problema é que quando se pensa em organizar coisas do género vem logo à baila a palavra desencalhados ou encalhados (muito honestamente já nem sei bem como se diz) só sei que essa palavra é sentida (talvez deveria ter dito, dita?!) de um modo pejorativo e não pelos casados/comprometidos mas sim pelos proprios solteiros, aqueles todos que dizem que compromisso é para os outros e que relações serias são perca de tempo e de imensas outra oportunidades... mas que no fundo apenas o dizem porque sentem que ainda não encontraram a tal/o tal ou se o/a encontraram tiveram medo ... e deixaram partir ou partiram eles/elas proprios ....

Carla disse...

(um abraço forte... como te entendo)

Estranha pessoa esta disse...

:)
Revi-me aqui.

... É. Parece que ás vezes os outros olham-nos como se de alguma doença contagiosa se tratasse.

debbie clementine disse...

Eu vou ao cinema sozinha, e eu sou solteira. E eu estou bem assim, apesar de também adorar apaixonar-me e tudo o que isso implica, sei que também se está bem solteiro. Há que saber estar sozinho para se saber estar bem com companhia.

E sim, devia haver um dia Nós :)