segunda-feira, 23 de março de 2009

I need to be in love


Hoje acordei com uma grande vontade de ouvir Carpenters. Resolvi então aproveitar o meu passeio matinal e ir até à Fnac à procura de um cd deles, sim eu ainda sou das poucas pessoas que gosta de comprar cd's, só não compro mais porque não posso.
Pois eis que, ao ler o livro que acompanha o disco, encontrei uma letra com a qual me identifiquei em pleno. O título despertou-me imediata atenção: I need to be in love.
Fica aqui a letra:

The hardest thing I've ever done
Is keep believing
There's someone in this crazy world for me
The way that people come and go
Thru temporary lives
My chance could come and I might never know


I used to say "No promises, let's keep it simple"
But freedom only helps you say good-bye
It took a while for me to learn
That nothin' comes for free
The price I've paid is high enough for me


I know I need to be in love
I know I've wasted too much time
I know I ask perfection of
A quite imperfect world
And fool enough to think that's what I'll find


So here I am with pockets full of good intentions
But none of them will comfort me tonight
I'm wide awake at four a.m.
Without a friend in sight
Hanging on a hope but I'm alright

my own way!!!


Nos últimos tempos tenho-me dedicado de corpo e alma ao meu trabalho, deixando de lado quase por completo a minha vida pessoal. Dou por mim a vive-la através de um telefone ou de um ecrã de computador. Tenho-me isolado muito. Tenho estado fechado num pequeno mundo que é só meu.
Penso que este tipo de comportamento é alarmante, no sentido que me poderá vir a ser prejudicial. Não é bom isolar-nos, é um caminho perigoso em direcção a um total estado de solidão.
Reconheço que toda esta minha dedicação ao meu curso se deve, em parte, ao peso que tenho na consciência por estar a levar tanto tempo em termina-lo. Já são oito anos e o desejo de fechar este capítulo e iniciar outro, é cada vez maior. Tema recorrente dos meus últimos "posts".
Sei que aos olhos de muitos, não estou a viver o meu erasmus como deveria, ou se calhar estou, mas à minha maneira. Toda a gente rotula erasmus como uma oportunidade para estar sempre em festas (com outros estudantes erasmus), pouco estudo e sexo com vários parceiros, porque há que aproveitar o factor geografia, afinal, no final do ano, nunca mais nos veremos. Pois eu não me encaixo em rótulos, detesto-os! Nunca fui pessoa de sair muito á noite, o que não implica que não goste, apenas gosto de qualidade, não de quantidade; e quanto ao sexo "à-la-carte", honestamente não me interessa e nunca me interessou muito, por isso evito-o, quer pela minha salvaguarda física, quer pela emocional.
Numa tentativa de contrariar este meu estado de reclusão, decidi tirar esta manhã para mim, sem fazer nada, apenas passear e aproveitar o esplêndido dia de sol, até o Senhor descansou ao sétimo dia, por isso também eu tenho direito. Fui caminhar pelo porto da Corunha, sentir o cheiro do mar, apanhar um pouco de sol, "ir de tiendas", ainda que seja só para ver (a vida está difícil), comprar a minha "l'Uomo Vogue" e beber café num dos meus sítios favoritos da cidade, "La Postrería". Foi uma manhã de descanso merecida. Agora estou de volta ao trabalho com a energia renovada.
Posso não ser o estudante erasmus comum, mas isso não me incomoda, vivo esta experiência como quero, não como os outros acham que devería vivê-la.
Quando for grande, continuarei a ser sempre assim, incomum!

domingo, 22 de março de 2009

Era uma vez um Sonho...

Há uns dias atrás fizeram-me uma pergunta sobre quais os meus sonhos e perspectivas para o futuro. As mesmas questões que me levaram a criar este blog.
Não tenho uma resposta objectiva, os meus sonhos são algo que continuo à procura. Será mau sinal? Será que temos de ter uma visão clara e definida de tudo na nossa vida? Possivelmente sim, mas comigo não funciona dessa maneira!
Tenho muitos sonhos, alguns deles antagónicos. Existe tanta coisa que gostava de fazer, precisaria de muito tempo para falar sobre todas elas.
À minha frente vejo dois caminhos, um mais conformista e outro mais desafiante. Por um lado, gostava de ter uma vida calma, no campo, muito semelhante à que tenho quando estava de férias em casa dos meus pais, chamemos-lhe: "the simple life"; por outro, penso que se calhar passado algum tempo passaria de "simple life" a "boring life", o que seria insuficiente, precisaria de mais, uma vida mais urbana, onde cada dia representa quase um novo desafio, chamemos-lhe: "the cosmo life". Questiono-me sobre o porquê de ter de optar por um? Porque não conciliar os dois? Se o conseguir, será perfeito! Quero ter estabilidade, sem no entanto abdicar de animação.
Actualmente descobri que afinal este curso não está tão errado para mim como eu pensava. Quando escolhi Arquitectura, fiz uma opção e o que é certo é que se está a revelar uma área estimulante, com constantes desafios e na qual eu posso vir a ser realmente bom. Penso que os anos em Évora contribuíram para um certo desencanto pela profissão. Mudar de ares fez-me bem, sobretudo porque me "apaixonei". Hoje consigo ver-me a trabalhar como arquitecto, o que não impossibilita que faça outras coisas (outro dos encantos da arquitectura, é a área mais abrangente que conheço).
Posso afirmar que os meus sonhos, neste preciso momento, são terminar o meu curso e começar a trabalhar, o resto será um acréscimo. Atingindo esses dois objectivos, penso que estarei pronto para o restante. Agrada-me que o futuro esteja em aberto! Tudo pode acontecer...