Andava eu e a minha companheira do crime a passear pelas ruas da Corunha, a aproveitar o Sol matinal, e eis que surge, entre os muitos temas de conversa, o tema da infidelidade.
Ambos nos questionámos se seríamos capazes de trair alguém. A resposta foi unânime: não!
Tanto eu como a minha amiga somos a favor da honestidade. Não conseguimos encontrar um motivo plausível para sermos infiéis. Simplesmente não faz sentido. Há que colocar a seguinte questão: para quê? Sim, para quê trair? Se estamos com alguém, é porque gostamos dessa pessoa, não havendo necessidade de procurar outra, certo?
Quando existe essa necessidade, bem aí algo de errado se passa e nada melhor do que haver um diálogo sobre o assunto.
Não faz sentido estarmos com alguém e engana-lo. Pelo menos a meu ver. Gosto de pensar que existem mais pessoas que partilhem desta opinião.
Por isso afirmo: não, "what happens in Vegas, doesn't stay in Vegas"!!!
sábado, 25 de abril de 2009
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1 comentário:
A infidelidade «como tal» é um logro, diria. Ou melhor, é uma promessa. Mesmo a pessoa mais fiel, que nunca traiu (ninguém), que jamais julga ter traído, só poderá ser fiel na mais irrecusável (e imperceptível) das infidelidades. Como trair o outro se o outro permanece sempre intangível e irredutível na sua alteridade? Fidelidade implica, na minha opinião, apropriação do outro.
Mas tal não é, parece-me, negativo. Bem pelo contrário. Uma vez que a fidelidade se promete e não acontece nunca como tal, essa é a sua própria chance: assim ela se deixa desejar; assim o desejo de ser fiel alimenta as acções, o comportamento.
Diria: mais do que cumprir a fidelidade (e não falo de traição, apenas), desejo ser fiel - ao outro.
Fiel na infidelidade ou infiel na fidelidade.
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