segunda-feira, 23 de março de 2009

my own way!!!


Nos últimos tempos tenho-me dedicado de corpo e alma ao meu trabalho, deixando de lado quase por completo a minha vida pessoal. Dou por mim a vive-la através de um telefone ou de um ecrã de computador. Tenho-me isolado muito. Tenho estado fechado num pequeno mundo que é só meu.
Penso que este tipo de comportamento é alarmante, no sentido que me poderá vir a ser prejudicial. Não é bom isolar-nos, é um caminho perigoso em direcção a um total estado de solidão.
Reconheço que toda esta minha dedicação ao meu curso se deve, em parte, ao peso que tenho na consciência por estar a levar tanto tempo em termina-lo. Já são oito anos e o desejo de fechar este capítulo e iniciar outro, é cada vez maior. Tema recorrente dos meus últimos "posts".
Sei que aos olhos de muitos, não estou a viver o meu erasmus como deveria, ou se calhar estou, mas à minha maneira. Toda a gente rotula erasmus como uma oportunidade para estar sempre em festas (com outros estudantes erasmus), pouco estudo e sexo com vários parceiros, porque há que aproveitar o factor geografia, afinal, no final do ano, nunca mais nos veremos. Pois eu não me encaixo em rótulos, detesto-os! Nunca fui pessoa de sair muito á noite, o que não implica que não goste, apenas gosto de qualidade, não de quantidade; e quanto ao sexo "à-la-carte", honestamente não me interessa e nunca me interessou muito, por isso evito-o, quer pela minha salvaguarda física, quer pela emocional.
Numa tentativa de contrariar este meu estado de reclusão, decidi tirar esta manhã para mim, sem fazer nada, apenas passear e aproveitar o esplêndido dia de sol, até o Senhor descansou ao sétimo dia, por isso também eu tenho direito. Fui caminhar pelo porto da Corunha, sentir o cheiro do mar, apanhar um pouco de sol, "ir de tiendas", ainda que seja só para ver (a vida está difícil), comprar a minha "l'Uomo Vogue" e beber café num dos meus sítios favoritos da cidade, "La Postrería". Foi uma manhã de descanso merecida. Agora estou de volta ao trabalho com a energia renovada.
Posso não ser o estudante erasmus comum, mas isso não me incomoda, vivo esta experiência como quero, não como os outros acham que devería vivê-la.
Quando for grande, continuarei a ser sempre assim, incomum!

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